Histórico
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Criada em 22 de maio de 1992, a Rede-Rio/FAPERJ realiza atividades à serviço da ciência, tecnologia e educação no Estado do Rio de Janeiro. Primeiro canal de acesso à Internet no País destinado a atender e interconectar exclusivamente instituições acadêmicas, centros de ensino e pesquisa e órgãos públicos fluminenses, a Rede-Rio se transformou rapidamente em um dos principais instrumentos de desenvolvimento científico do Estado do Rio. Se ao entrar em operação sua capacidade de transmissão era de 64 Kbits/s, hoje o backbone da Rede-Rio já alcança 10 Gbps, com testes já sendo realizados a 100 Gbps. A Rede-Rio/FAPERJ conta, desde sua inauguração, com um canal internacional exclusivo e mantém uma conexão com a rede acadêmica brasileira, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP. Cabe ressaltar a importância da FAPERJ no processo de criação e consolidação da Rede-Rio, atuando como sua mantenedora ao longo de sua existência.
Com os avanços tecnológicos oferecidos pela Rede-Rio/FAPERJ, a comunidade de ciência e tecnologia tem a possibilidade de usar diversos tipos de serviços que demandam altas velocidades de conexão. A partir da implementação da Rede Giga, em 2005, foi inaugurado um novo ciclo que torna possível a criação de produtos e serviços de rede e aplicações em larga escala. São exemplos: as grades computacionais (necessárias para as computações de alto desempenho); a visualização e a imersão em ambientes virtuais; a telemedicina; os vídeos de alta definição ou a TV digital, que podem ser aplicados na educação a distância, na saúde, no entretenimento e em muitas outras áreas.
Sua longa história em ações envolvendo redes institucionais ligadas à Internet levou ao convite para assumir, em maio de 2007, a coordenação do Comitê Gestor do projeto Rede Comunitária de Educação e Pesquisa - Redecomep. Iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Redecomep tem como objetivo implantar redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas do país servidas pelos Pontos de Presença da RNP. No Rio, o projeto conta com a participação da Supervia, MetrôRio e da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro através do Iplan-Rio. A Rede-Rio/FAPERJ é, ao mesmo tempo, parceira e partícipe desta iniciativa no Estado do Rio de Janeiro.
Uma rede a serviço da ciência, tecnologia e educação fluminense
A história da Rede-Rio/FAPERJ sempre esteve associada ao pioneirismo. À época de sua inauguração, em 1992, as concessionárias de comunicação ainda não ofereciam circuitos dedicados (linhas privadas digitais) de dados para interligação das instituições participantes. Assim, este tipo de serviço foi implantado por intermédio da própria Rede, que adquiriu os modems instalados posteriormente nas centrais da TELERJ. As linhas operavam a 64 Kbps - velocidade de transmissão considerada de ponta naqueles dias.
Dois anos mais tarde, a Rede foi a primeira da América Latina a transmitir ao vivo, a partir do Rio de Janeiro, as sessões de um simpósio internacional de telecomunicações por meio do sistema MBONE (Multicast Backbone). No mesmo ano, a Rede-Rio/FAPERJ promoveu a primeira videoconferência ligando a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE/UFRJ) e o Rio Datacentro (RDC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A partir de um convênio entre a FAPERJ, o Proderj e o Iplan-Rio, a Rede teve significativamente ampliado o número de instituições que atende e que dela dependem para ter acesso à Internet.
Com o aumento da velocidade do anel central, em abril de 1999, teve início a era da Rede-Rio 2, com conexão em alta velocidade. Naquele momento, a rede foi a primeira do país a implantar a tecnologia ATM (Asynchronous Transfer Mode) sobre fibras óticas. A Rede-Rio/FAPERJ esteve igualmente associada a uma série de empreendimentos pioneiros, como o lançamento do projeto Petrópolis-Tecnópolis, em outubro de 1999, quando inaugurou um ponto de presença no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) para atender às instituições localizadas na Região Serrana do Rio de Janeiro. Na mesma época, a Rede passou ainda a contar com um ponto de presença no município de Campos dos Goytacazes, instalado na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).
No encontro da Sociedade da Informação no Brasil, em junho de 2003, um acontecimento marcante foi a demonstração de uma conexão utilizando a tecnologia DWDM (Multiplexagem Densa por Divisão de Comprimento de Onda) no anel ótico da Rede-Rio, controlando a distância o microscópio de força atômica do Instituto de Física da PUC-Rio.
Em agosto de 2005, graças a investimentos da FAPERJ, a Rede-Rio/FAPERJ implantou a tecnologia de transmissão em alta velocidade, conhecida como Giga-Ethernet e passou a operar com capacidade de transmissão a 1 bilhão de bits por segundo (1 Gb/s) - quase sete vezes a velocidade anterior, de 155 milhões de bits por segundo (155 Mb/s). A medida permitiu aumentar significativamente a taxa de transmissão no anel ótico (backbone) da Rede-Rio/FAPERJ. Durante o evento de inauguração da Rede Giga, foi demonstrado pelo Laboratório de Computação Paralela (LCP) da UFRJ, o potencial de uso da infra-estrutura para a divulgação simultânea de vídeos de alta definição na rede.
As atividades envolvendo gerenciamento e operação, administração, estudos e projetos de novas tecnologias e serviços ofertados pela Rede-Rio/FAPERJ, são executados através de três coordenações, que atuam de forma integrada: A Coordenação de Engenharia de Operações (CEO) está instalada no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF); a Coordenação Administrativa, na FAPERJ; e a Coordenação Técnico-Científica (CTC), na COPPE/UFRJ.